sábado, março 25, 2006

"Tu não sabes"

“Tu não sabes
Quanto tempo vais poder
Dizer “Este sou eu”
Gritar que o chão é teu
Tu não sabes
Que o céu chama por ti,
Quando a noite te sorri
Quando as pétalas se abrem
Só por si
Tu não sabes
Tu não sabes
Quanto tempo irás pedir
Quando o sangue te fugir
Quando o punho se fechar
Sobre ti,
Tu não sabes
Que o sonho não morreu
Quando o beijo se perdeu
Que o amanha não acabou
Só por nós
Tu não sabes.
Que palavras vais usar
Quando o sono não vier
Quando a noite te disser
“Vem comigo”
Pedro Abrunhosa

Tu não sabes e o senhor enfermeirrro
Também não.
Não vinha escrito nos livros
Não se pôde marrar para o exame, de um dia qualquer,
Em que ela resolva aparecer
Não faz parte do programa das pockets – Que chato!!!
Não se pode evitar
Não se pode comprar,
O pacing não está preparado para tal visita
É assim, cruel
Vem devagarinho silenciosamente, não bate à porta,
Tentamos enfrenta-la muitas vezes sem sucesso.
O senhor enfermeiro continua o seu caminho
Sem pensar muito nisso
Porque pensar
“Não mata mas mói”.

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